Pesquisar este blog

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

O CAMINHO DE VOLTA!



O caminho de volta é íngreme, sem nenhuma bagagem, não dá mais tempo de você se deter, o tempo urge  e você tem de deixar, para trás, todas as expectativas anteriores, sonhos, que você guardava no recôndito do teu ser, e ainda queria avidamente que eles fossem concretizados...
 
Os meus dias passaram, e malograram os meus propósitos, as aspirações do meu coração. Jó 17:11
 
Todavia aguardando eu o bem, então me veio o mal, esperando eu a luz, veio a escuridão.

As minhas entranhas fervem e não estão quietas; os dias da aflição me surpreendem. Jó 30:26-27

O caminho de volta é solitário, os amigos sumiram, no momento que você mais precisava deles;  a noite é longa demais, sombria, tenebrosa,  você não pode mais contar com a força do seu braço, pois você não a possui mais... como partir, na maior tempestade, com feras uivando lá fora, avidas, pra te tragar, lesar? Jó 30:15-17
 
Como deixar a sua casa que você pensava que encontraria abrigo, conforto, descanso?  Deixar passivamente o fruto do seu trabalho, do seu esforço, se esvair como a água da chuva indo velozmente para o ralo do esgoto? E os respingos de lama sujarem a sua vestidura? Jó 30:18-23
 
Como? Aconteceu comigo os fatos que estou narrando...só a fé em Deus, em Cristo Jesus, e pelo consolo e inspiração do Espírito Santo,  me convenceu da urgência de partir, deixando, para trás, a minha vida anterior;  e recomeçando em outro lugar, crendo na graça, benignidade e providência do Pai amado.
 
Com as mãos vazias materialmente, mas crendo no Senhor, que Ele foi,  é, e sempre será, o meu maior baluarte, Luz que me alumia, socorro bem presente nas minhas maiores angústias;  refúgio que me abriguei, enquanto fui açoitada pelos ventos, mas crendo em Sua voz e Suas orientações, que depois da tempestade, viria um dia de sol, não importando as sequelas da enxurrada...
 
Nunca estive tão perto de Deus, como naqueles dias tenebrosos, sentia a Sua poderosa presença permeando completamente os meus passos, enquanto ele me guiava pelo caminho de volta;  de volta para os Seus braços; não sou mais a mesma mulher após essa experiência vivida,  e por essa razão, quis compartilhar mais uma vez, o quanto fui agraciada com a proteção, o livramento e o amor do Pai.
 
Independentemente de qualquer situação, hoje eu também posso entender perfeitamente as palavras de um servo temente e amado Jó, quando em meio as maiores tribulações e sofrimentos ele proferiu três máximas, pérolas de sabedoria, que deveriam ser adornos de nossas vestiduras na nossa longa caminhada de volta aos braços do nosso Pai.
 
Precisei passar por esses momentos tenebrosos, para perceber que ainda era apegada afetivamente aos meus bens, que ainda dependia das pessoas, entes amados, amigos, como se eles fossem capazes de me livrarem das mazelas, do agir de Deus, do Seu propósito maior para a minha vida;  também percebi o quanto era soberba e o quanto confiava na força de meu braço, pra me livrar de determinadas situações;  mas quando fui tragada pelas aflições,  me vi tão frágil, medrosa, impotente e sem nenhuma força, reação;  foi quando percebi que ouvia falar dEle, amava e tinha pleno conhecimento da Palavra da Salvação, sabia da grandeza dos Seus sinais e maravilhas no passado, mas ainda não O conhecia intimamente, nem acreditava piamente em Seu poder de realizar e operar em minha vida;  foi preciso ser duramente açoitada, correr risco de vida, desmoronarem os meus sonhos; andar nas trevas, às apalpadelas, sendo totalmente guiada por Ele,  pra eu enxerga-Lo ao meu lado, e  percebendo a minha verdadeira realidade: sou filha, mas ainda cambaleio, tropeço, inúmeras vezes, no meu andar, caminhar, precisando diariamente do Seu colo, do Seu abraço, do Seu afago,  das Suas orientações, enfim sou totalmente dependente do Pai... sem oxigênio, amor doado gratuitamente, eu não vivo!!!





E disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o Senhor o deu, e o Senhor o tomou: bendito seja o nome do Senhor. Jó 1:21

Ainda que ele me mate, nele esperarei; [...]   Jó 13:15

Escuta-me, pois, e eu falarei; eu te perguntarei, e tu me ensinarás.

Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi, mas agora te veem os meus olhos.

Por isso me abomino e me arrependo no pó e na cinza. Jó 42:4-6










 
 
 
 
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário